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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

NELSON CARNEIRO

( São Paulo – Brasil )

 

Reside em São José do Rio Preto, SP.

 

VENTOS DO SUL.  Revista do Grupo de Poetas Livres.  Ano VI – no. 23. Julho –              Dezembro, 2004.   Florianópolis, SC: 2004.          Ex. bibl. Antonio Miranda.

 

TRAÇOS DE AMAR

Quantas vezes tracei o seu nome,
Na alva areia das praias do mar
E as água talvez por ciúme
Vêm apressadas e o seu nome apagar

Escrevi em um tronco frondoso
De uma velha mangueira acampada
E talvez por acaso eu voltando
Encontrei lá no chão derrubada.

Por fim compreendi, mas fiquei a cismar
Seriam as vagas afoitas batendo forte nas praias
OU as ondas amargas lavando beijos na areia
Onde desmancham ao sopro do mar.

Como as brancas dunas se deslocam ao vento,
Lento fica das gaivotas o sonoro canto
A beijar o doce encanto da Natureza
Onde ficou do pobre ser lindos traços de amar.

 

VENTOS DO SUL  Revista do Grupo de Poetas Livres.  No. 28   Florianópolis, Janeiro a Junho de 2007     Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 BARREIRAS

 No título o nome, do imaginante a cidade distante
Neste sonho, tão perto chego da emoção
ao me figurar criança
O berço e o infante simples como tantos
Aqui, o lazer da criançada nas ruas quase sem povo,
parece feliz
Mas esbarra no vai e vem constante do cavaleiro comum,
na poeira densa e outros tropéis
Por isso talvez, nem todos se harmonizem no espaço de todos
Onde por certa estaria agora o nosso saudoso grupinho travesso
Como esquecer este mesmo céu azul e o brilho do mesmo sol
E a professora primeira, a iluminada Guiomar Porto "in memoriam
Bem como a Vila Diva, a Vila Dulce dos jacobina
e dos balbino à Sedutora
Como esquecer aqueles a quem amei, mesmo os que viam
em mim "um pé descalço", pisando caminhos, feliz a correr
em doce sabor das travessuras
Por onde andei, afina bem cedo aprendi à Natureza amar
Desde o impetuoso Rio de Ondas e o Grande Afluentes
a caminho do mar, ao encontro das vagas
Maior encanto do mar
Como da Bahia as planícies mais belas
Agora crescido, vou por caminhos crescidos na trilha da cumeada
A olhar o que passou vejo a me esperar o cálice erguido
Refletido e amargo vinha da idade
Ó tempo desfeito.

(In Devaneio, p. 52)
São José do Rio Preto, SP)


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Página publicada em abril de 2022



 

 

 
 
 
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